Perda urinária: motivo de conversa, não de vergonha
- Ana Paula Mendes
- 29 de out.
- 1 min de leitura
A perda involuntária de urina, ou incontinência urinária, é um problema de saúde mais comum do que se imagina, e não é apenas “coisa da idade”. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 45% das mulheres com mais de 40 anos relatam episódios de escape urinário, evidenciando a necessidade de quebrar tabus e levar o tema ao consultório.
Essa condição pode surgir em diferentes fases da vida feminina, seja após gestações, intervenções cirúrgicas, mudanças hormonais ou até por hábitos cotidianos que afetam o assoalho pélvico. O preconceito de achar que “faz parte da idade” faz com que muitas prefiram sofrer em silêncio, quando, na verdade, há tratamento. Quanto mais cedo a mulher buscar ajuda, maiores as chances de recuperar qualidade de vida.
Profissionais de ginecologia e uroginecologia alertam que reconhecer os sinais como escapes ao tossir, espirrar ou realizar esforço e, procurar avaliação especializada são passos fundamentais. Alterações no estilo de vida, fisioterapia do assoalho pélvico e, quando necessário, tratamentos clínicos ou cirúrgicos, ajudam a transformar o problema em solução.
Este mês, ao abordar a saúde íntima feminina, destaca-se que não se trata de aceitar o desconforto, e sim de entender o corpo, dar voz às queixas e agir com informação e acolhimento. Afinal, quando a mulher passa de “conviver com o problema” para “agir sobre o problema”, ela retoma autonomia e bem-estar.




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